grita a criança entre a poeira da deflagração,
que estoirou na terra onde vive e o viu nascer ,
á procura da mamã no meio da destruição...
Um soldado ,estrangeiro, em frente inerte e frio.
As ordens que recebeu dos supremos é matar,
seja quem for ,sem olhar á idade do "inimigo"
nem que o coração lhe peça para ajudar.
Chocou-o as palavras tristes e mendigas ,
Hesitou. tremeu ...mas não premeu o gatilho
Soltaram-lhe lagrimas cheias, dolorosas.
Lembrou-se saudoso do seu pequeno filho.
Poisou a mortífera arma ,ajoelhou, abraçou-o
e deu-lhe todas as bolachas da mísera ração
Limpou os olhos e sai sentido e disparado,
-Deus te dê sorte...- balbuciou com emoção.
Prosseguiu seu caminho predestinado
Onde a alma e o sentimento não dão sinal ,
e o homem se despoja do que o sustenta,
E cai em fundo vazio de qualquer animal.
O menino ,ali ficou sozinho, desamparado,
carente de carinho e a sua mãe abraçar
Ate que alguem de bem apareça e o proteja
antes de suja bala surgir e sua vida acabar.