domingo, 25 de dezembro de 2022

EMBONDEIRO VIGILANTE

O embondeiro vigilante,
soberano, no alto do monte,  
donde a cidade se estende,
de séculos ao longo do rio,
desce dali até a ponte,
escrevi nele o meu nome
com o tempo já sumiu.
vigilante da velha torre da igreja,
em catedral investida.
o embondeiro soberano,
acolhia divertida gente,
que ao aeroclube chegava,
de velha e nova sociedade,
para passarem o serão,
saboreando bons sabores
entre conversas de amizade,
ou bailes em dias festivos,
abrindo em novos amores.
o embondeiro vigilante
tinha a seus pés  o rio,
deixou saudades
a quem não mais o viu.
1971

quinta-feira, 8 de dezembro de 2022

O SINO DA IGREJA

 O sino da igreja da minha freguesia
Já não dá o toque das avéns marias,
Uniu se ao silencio do velho relógio
Que  parou, em hora dum passado dia.

As pessoas interiorizavam se ao toque
 alimentando o sentir de bem querer,
Fortalecendo a fé que orienta a vida,
no duro quotidiano que havia para fazer.

A missa ao domingo... tem pouca gente.
A televisão tirou-lhe muitos habituais,
Confortável privilégio, para idoso crente.

Alem do religioso subtraiu ao  povo
Amigáveis e boas conversas sociais,
Que davam  notícias de  muito de novo.

1999