Sinto saudades das casas brancas ,
Com ou sem largas e altas chaminés,
Ombreiras pintadas de cor diferentes,
Mais largas, as pinturas dos rodapés.
Da planície verdejante na Primavera,
Pelo vermelho das papoilas salpicada
Das searas em lento amadurecimento
Que o quente vento as faz onduladas.
Quero lá respirar de vez em quando
Saciar me com os gostos com sabor
Enquanto a vida me deixar andando.
Foram as primeiras cores do meu olhar
Iniciaram em mim as emoções do amor
Que me chamam para saudade matar.
1963