Já pouco te lembras
do teu tempo de menina,
que só as fotografias,
......................imagina
fazem brilhar teu rosto
no reviver dum encontro,
num baile qualquer,
onde dançaste com gosto:
fazem-te sorrir
do assoprar das velas
dos primeiros aniversários,
do teu crescimento solto
nas mini saias curtas e belas
que a costureira do bairro
talhava á graciosidade
do teu corpo
Das que não tiveste
de momentos sentidos
na alegria da adolescência
dos namoricos perdidos..
em sitio onde estiver...
.........................Cesceste .
Bela e forte tornas-te ,
senhora da fotografia
fizeste-te mulher.
domingo, 13 de novembro de 2016
CRIATURA
Hoje perdeste o tino,
num bar vulgar da cidade.
Numa noitada ruidosa,
foste tudo para todos
os que quiseram
na mortiça luz
escura e assombrosa
deixaste de ser MulheR.
num bar vulgar da cidade.
Numa noitada ruidosa,
foste tudo para todos
os que quiseram
na mortiça luz
escura e assombrosa
deixaste de ser MulheR.
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MECANOGRAFA
Menina de tez morena
de raízes tropicais,
sorriso branco, rasgado,
lábios cheios, de traços
afro-originais,
irradia simpatia e mais,
no vestido de cor vivas
......................ajustado
ressaltam a linhas do seu corpo
de feminina identidade,
silenciam quem olha!
suavizam a máquina,
no deve e haver,
da sua actividade
lança odores.
perfumosos,
de tanta intensidade
que afagam silenciosos
amores....................
de raízes tropicais,
sorriso branco, rasgado,
lábios cheios, de traços
afro-originais,
irradia simpatia e mais,
no vestido de cor vivas
......................ajustado
ressaltam a linhas do seu corpo
de feminina identidade,
silenciam quem olha!
suavizam a máquina,
no deve e haver,
da sua actividade
lança odores.
perfumosos,
de tanta intensidade
que afagam silenciosos
amores....................
DACTILOGRAFA
Era bonita a pose que impunhas
na arte de dactilografar
poisavas o cigarro, cuidadosamente,
antes que manchasses as unhas.
onde no filtro ,o rouge do teu batom,
dava fundo ao fumo,
que o cinzeiro não continha
desordenadamente.
A elegância do teu porte,
a suavidade das mãos dactilografando
os seios eretos que, com sorte
não tocavam o teclado, justamente
quando te inclinavas em frente,
com a força do pensamento
escrevendo poemas de amor.
Ficaram por ai em papel branco
com cópia que o químico reproduziu
o tempo tirou-lhe a leitura
e o amarelo tomou conta do branco que fugiu.
na arte de dactilografar
poisavas o cigarro, cuidadosamente,
antes que manchasses as unhas.
onde no filtro ,o rouge do teu batom,
dava fundo ao fumo,
que o cinzeiro não continha
desordenadamente.
A elegância do teu porte,
a suavidade das mãos dactilografando
os seios eretos que, com sorte
não tocavam o teclado, justamente
quando te inclinavas em frente,
com a força do pensamento
escrevendo poemas de amor.
Ficaram por ai em papel branco
com cópia que o químico reproduziu
o tempo tirou-lhe a leitura
e o amarelo tomou conta do branco que fugiu.
MOMENTO ESCRITO
Perderam-se no tempo que nos muda,
nos horários rígidos
que nos afogam.
nas lérias de quem nada faz
encostado á sombra dum papel escrito
por uma universidade qualquer,
nas novelas irreais televisivas.
...os momentos de vida
que poderíamos ter passado
com o sabor da alma da gente
com o gosto do corpo que sente
no mesmo lugar onde temos estado.
nos horários rígidos
que nos afogam.
nas lérias de quem nada faz
encostado á sombra dum papel escrito
por uma universidade qualquer,
nas novelas irreais televisivas.
...os momentos de vida
que poderíamos ter passado
com o sabor da alma da gente
com o gosto do corpo que sente
no mesmo lugar onde temos estado.
NADA
Ás vezes nada é tudo.
quando nada encerra
tudo aquilo que não te quero dizer,
quando a mancha negra invade o sentimento
quando a palavra se perde sem silabas,
quando a tua face enrubesce
e a tua voz trémula diz que diz tudo.
.... para mim foi nada que é tudo!
quando nada encerra
tudo aquilo que não te quero dizer,
quando a mancha negra invade o sentimento
quando a palavra se perde sem silabas,
quando a tua face enrubesce
e a tua voz trémula diz que diz tudo.
.... para mim foi nada que é tudo!
A VERDADE ATRASADA
A ambição gananciosa, duns teus filhos,
meu País... fez-te chorar.
desprezou os teus valores civilizadores
de historia humana e secular,
abandonou o rasto trabalhador
da lusa alma lusitana,
encurralou-os no fruto do seu suor,
entregues a ordens desumanas.
Contrariou a vontade democrática
que salivavam em discussões.
assinaram entregas territoriais
a bandos vendedores de ilusões
A história ainda não contou
a descolonização em verdade,
a história ainda não julgou
os culpados de tanta atrocidade.
meu País... fez-te chorar.
desprezou os teus valores civilizadores
de historia humana e secular,
abandonou o rasto trabalhador
da lusa alma lusitana,
encurralou-os no fruto do seu suor,
entregues a ordens desumanas.
Contrariou a vontade democrática
que salivavam em discussões.
assinaram entregas territoriais
a bandos vendedores de ilusões
A história ainda não contou
a descolonização em verdade,
a história ainda não julgou
os culpados de tanta atrocidade.
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